Na sexta-feira, 23 de maio de 2025, o dólar à vista encerrou o pregão em leve baixa de 0,24%, cotado a R$ 5,6473, acumulando uma queda semanal de 0,38%. A moeda norte-americana chegou a subir mais de 1% pela manhã, impulsionada pela reação negativa dos investidores às mudanças nas regras de tributação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciadas pelo governo brasileiro. No entanto, a reversão parcial dessas medidas pelo governo, visando reduzir o impacto sobre investimentos e operações cambiais, contribuiu para a queda do dólar no final do dia. No cenário internacional, a moeda americana também recuou frente a outras divisas, após novas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a União Europeia.
Para os traders que operam o mini dólar, o ambiente atual requer atenção. A volatilidade observada no mercado cambial, influenciada por fatores internos, como mudanças fiscais e tributárias, e externos, como as políticas econômicas dos EUA, pode gerar oportunidades, mas também riscos. Monitorar de perto os desdobramentos dessas questões e os indicadores econômicos será fundamental para embasar as estratégias de negociação no pregão seguinte.
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Os contratos futuros de minidólar (WDOM25), com vencimento em junho, encerraram a sessão de sexta-feira (23) em forte queda de 1,83%, cotados a 5.659,5 pontos. O movimento reforça a pressão vendedora observada nos últimos pregões, recolocando o ativo abaixo de regiões importantes das médias móveis, especialmente no gráfico de 60 minutos.
Análise do gráfico de 15 minutos
O gráfico de 15 minutos mostra que o minidólar fechou a última sessão em trajetória de queda, consolidando o retorno do movimento vendedor. O ativo terminou o dia entre as médias móveis de 9 e 21 períodos, o que sinaliza um ponto de indefinição no curto prazo, mas com leve viés negativo após o candle forte de baixa.
O caminho da continuidade na venda está diretamente relacionado à perda do suporte em 5.650,5/5.638,5 pontos. Caso esse nível seja rompido, o fluxo vendedor tende a se intensificar, mirando inicialmente as regiões de 5.617,5/5.604,5 pontos e, na sequência, o suporte mais longo na faixa de 5.582/5.551 pontos.
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Por outro lado, para que o ativo consiga reverter essa pressão e retomar um viés mais altista no curto prazo, será necessário romper a resistência em 5.673/5.697 pontos. Se isso acontecer, o movimento de alta pode ganhar força, mirando os próximos níveis de 5.708/5.722 pontos, com possível extensão até 5.733/5.753 pontos.
No diário, a pressão vendedora ficou ainda mais evidente. O ativo desenhou um forte candle de baixa na última sessão, rompendo as médias móveis de 9 e 21 períodos, o que tecnicamente piora o cenário.
A mínima do ano, registrada recentemente em 5.604,5 pontos, permanece como um suporte crítico. A perda desse patamar deve destravar um movimento mais agressivo na venda, com projeções para a região de 5.582 pontos e, no extremo, até 5.551 pontos.
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Para qualquer sinal de reversão no diário, será essencial que o ativo consiga romper a faixa de resistência em 5.753/5.783,5 pontos, o que abriria caminho para buscar patamares mais altos, como a resistência seguinte em 5.852 pontos.
O Índice de Força Relativa (IFR 14) está em 43,86, indicando uma condição de mercado mais neutra, porém se aproximando de níveis que podem sugerir sobrevenda em caso de continuidade na pressão vendedora.
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Dólar futuro (WDOM25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o movimento vendedor ficou ainda mais evidente. O ativo rompeu para baixo as médias móveis de 9, 21 e 200 períodos, o que reforça o viés negativo no intraday.
Para que o dólar futuro consiga interromper essa trajetória de queda, será necessário observar um rompimento da resistência em 5.673/5.697 pontos. Caso consiga superar esse nível, o próximo desafio dos compradores estará nas resistências de 5.733/5.753 pontos e, posteriormente, em 5.783/5.795,5 pontos, onde o fluxo comprador pode ganhar força e destravar alvos mais longos.
Por outro lado, caso o ativo continue pressionado e rompa o suporte em 5.650/5.638 pontos, a expectativa é de aceleração da venda em direção às faixas de 5.604,5/5.582 pontos, com extensão até o suporte mais longo em 5.551/5.527 pontos, região que pode funcionar como objetivo mais extremo dessa pernada de baixa.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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